Tuesday, March 20, 2007


Já fazem umas duas semanas que temos um grande amigo a menos por essas bandas... O Xantê era o último de uma geração de cachorros que marcaram toda uma hora era da minha vida (leia-se, a era desde que eu nasci até agora) e desde que recebi as más notícias vim pensando bastante nele. A primeira coisa que me marcou profundamente é que algo dentro de mim achava que ele ia viver pra sempre... mas acho que achava o mesmo dos outros da sua geração (Portos, Austri, Mali...) e todos eles se foram antes dele. Desde que eles se foram, todas as vezes que eu via o Xantê havia um prazer a mais, um contato com um membro desse grupo que criei na minha cabeça de cães que foram tão importantes na formação de tudo que eu sou, e eram acima de amigos importantíssimos.

Depois disso veio a nostalgia. As longas tardes brincando na varanda do Diego com nossos brinquedos, o Xantê sempre por perto, de vez em quando fuçando os bonecos mas nunca os mastigando, para o nosso deleite. Lembro de uma das poucas ocasiões que entrei na piscina do Diego, de jogar água num Xantê jovem e brincalhão que corria da água mas sempre voltava pra perto para brincar mais. Lembro das voltas frenéticas que Xantê dava na casa e no quintal quando tinha algo emocionante na rua, e de esperar o Diego fazer alguma tarefa acompanhado pelo bom e velho Xantê ao meu lado. O Xantê correndo atrás dos limões que ele amava tanto! O Xantê fugindo de casa e a gente correndo atrás (eu sempre ficava cansado demais para alcançar ele, mas o Diego ia com uma vontade de ferro e sempre conseguia alcançar o Xantê, que tinha uma velocidade anormal)...

Bem, as memórias são muitas. Ele sempre parecia tão saudável, e eu realmente não esperava por isso antes da minha volta em julho... Uma homenagem temporária até que eu possa visitar o túmulo do Xantê, que foi um grande amigo por mais de 10 anos.

3 Comments:

Blogger Danilo e o Fiel Hubert said...

Putes... Eu não conhecia o Xantê tão bem quanto gostaria, já que não era um ávido visitante da casa do Diego, mas me lembro bem o suficiente para poder dizer com sinceridade "meus pêsames" (que eu espero que alguém repasse para o Diego, se for possível)... É inacreditável, por mais que você saiba lógicamente que você verá todos os seus amigos caninos morrerem, o quanto suas mortes sempre te pegam de surpresa.

R.I.P. Xantê

12:59 PM  
Blogger R. said...

Bah, eu odeio isso. Essa sensação de que palavras não adiantam porra nenhuma. Tenho um único amigo canino, ele faz dez anos esse ano, e acho que nunca irei me acostumar a idéia que ele provavelmente irá antes de mim. Ainda não entendo o tanto que dói, mas só a perspectiva disso é ruim pra caralho. Só espero que a falta que ele faz (e fará) não seja nunca maior que todas essas lembranças bonitas aí.
Descanse em paz, Xantê.

(e eu ainda comento no outro post, mas já é tarde e o dia acorda com as galinhas amanhã. -acho que essa expressão tá errada, mas whatever-.)

Abraço de Totoro Diogo querido
=*

8:17 PM  
Blogger Diego Henrique said...

Agradeço suas palavras diogão. Vc foi a pessoa que melhor conseguiu expressar em palavras o que eu e todos la em casa estmos sentindo...
http://img142.imageshack.us/img142/7328/camera22046ra5.jpg
ai esta uma foto do Xantê para aqueles que não o conheciam. O que mais me consola é que ele se foi dormindo, tranquilo ... , calmo .... e sem sofrimento. Apenas foi aclamado para um outro lugar.
Agradeço Danilão e Raquel.
Abração Diogão

9:22 AM  

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